terça-feira, 18 de dezembro de 2007

DE VAMPIROS E OUTROS DEMONIOS



Eu sou uma pessoa extremamente exigente quando se fala em séries de tv. Minha primeira grande paixão foi aos seis anos, quando conheci o David Addison de Bruce Willis e a Maddie Hayes de Cibyl Shepperd, de “Moonlighting”, popularmente conhecida no Brasil como “A Gata e o Rato”. Eu era shipper e nem sabia, hehe. Eu me lembro bem que ficava deliciada quando aqueles dois apareciam na tela. Foi uma série inesquecível, e, acredito eu, que foram o primeiro casal shipper de todos os tempos. Bem, pelo menos o primeiro a ter aqueeeeeeela tensão sexual que, anos mais tarde, seria explorada e celebrada pelos (tão ou muuuito mais sexies) Mulder e Scully, do MEU [;)] Arquivo X (e que seriam a inspiração para a invenção do termo “shipper”). Depois veio 910210, ou, como devem lembrar-se melhor, “Barrados no Baile”, que marcou literalmente meu início de adolescência. Eu AMAVA. Mas até aí, eu não sabia o que era ser arrebatada por uma série de tv. O tempo passou, quando, ainda adolescente, eu conheci Arquivo X. E aí, eu fiquei doida. :-)
AX mudou minha vida, literalmente. Fiz amigos eternos, mudei meus conceitos, abri meus horizontes, meu conhecimento sobre TANTA coisa, graças a esta inovadora série.
Eu fiz toda essa lenga, lenga, pra chegar pra vocês e falar que eu não achava que “Moonlight” fosse ser uma boa série. Achei que ia ser mais um daqueles clichês ambulantes, que duram sete ou oito episódios, são cancelados, e a gente nem esquece, porque nem lembra. São muitas séries boas, é muita coisa pra gente ‘perder’ nosso tempo com ‘mais uma série sobre vampiros’ (depois de Buffy e Angel, minha cota de vampiros estava cheia com os que apareceram em Supernatural). Mas aí, sem nada pra fazer (dá pra acreditar, EU, sem nada pra fazer?!?), assisti a um dos primeiros episódios de Moonlight. Ok, ok, a série é SIM clichê, mas que nova série não o é? Parece que TODAS as boas idéias já foram utilizadas, e, que as séries de hoje em dia, são apenas pálidas cópias de originais geniais. Então, eu via, ali, mais um clichê ambulante. Além de meio melodramático demais. Vamos lá: Um carinha dos anos sessenta é transformado por sua esposa, na noite de núpcias, em um vampiro. Ela o fez por amor, para ficarem juntos por toda a eternidade. Ele não gosta nada disso (ela podia ter ao menos perguntado, né?). Em algum momento depois dessa transformação, a esposa vampira, Coraline, quer pegar uma inocente menina loira e transformá-la em vampira, para que ela e seu marido, o carinha, que agora é um vampiro, o nosso Mick St. John tenham uma filhinha, e vivam juntos para sempre. Mick, claro, um vampiro de bom coração à lá Angel de David Boreanaz (e tão sexy quanto) não deixa. Salva a menina e mata a esposa (será?). E hoje em dia, ele é um vampiro-detetive (isso é tão, mas tão Angel), tentando salvar os humanos dos vampiros do mal, e ajudar os vampiros ‘bons’; que certo dia topa com a menininha hoje em dia uma linda, loira e intrépida repórter, Beth Turner, e a atração é latente, ele conta pra ela que é um vampiro e o resto... o resto é historia.
A série tem muitos clichês, precisa urgentemente melhorar suas historias recheando-as com mais monstros e demônios malvados. Afinal, se existem vampiros, pode existir também uma outra leva infinita de monstros legais (como lobisomens) para Mick e Beth investigarem. Mas, com um protagonista feito aquela delicia do Alex O´loughlin, uma co-star sexy, inteligente e boa atriz como Sophia Myles, um coadjuvante do calibre do meu querido Jason Dohring, os roteiristas têm chance de consertar seus erros e transformar os clichês que criaram em algo inovador. A química entre Alex e Sophia ultrapassa a câmera, eles só precisam ficar mais longe um pouco, acho que, pra uma primeira temporada, os opostos tem que ficar distantes, pra tensão gritar mais (não que ela não esteja gritando...).
Gostei do rumo que a série está tomando em seus termos de ‘mitologia’. A busca para uma cura de seu vampirismo é muuuuuuito legal, e caiu perfeitamente, para um vampiro tão inconformado em ser o que é feito Mick. Ele é o gostosão atormentado, do jeito que a gente gosta. Nunca perde uma piada, e até o senso de humor dele é sexy. Uma nova paixão para a minha pessoa? Hummm, para alguém tão exigente quanto eu, que é fã da melhor série de tv de todos os tempos (Arquivo X), mudar meu conceito e preconceito para com uma série, é uma coisa difícil.
E eu estou assistindo, coisa que eu não pensei em fazer. Mas, à segunda vista, eu vi potencial em Moonlight. O que falam sobre a série é verdade, os clichês são muitos. Mas ali tem tanta coisa que pode ser explorada! A série nunca vai ser um Arquivo X da vida, mas eu garanto que tem chances de marcar seu lugar, não como uma série inovadora, mas como uma série sobre vampiros muito legal de se assistir. E com um vampiro muuuuuuuuuito lindo.
Ah, e claro, com um shipper sexy todo!!!
Assista Moonlight todas as quartas-feiras, às 22:00, no Warner Channel.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do blog,mas não entendi o que quis dizer com cliche? moonlight é cliche? como assim?

marke;) disse...

Moonlight é clichê, não é algo novo, original... mas, apesar de ser clichê, é muuuuito legal. hehe